segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Common Enemy - Late Night Skate [2004] & Reproach - Is What It Is [2005]

Se tem uma coisa que eu adoro demais, é a mistura de hardcore e skate. É uma coisa que dá certo, duas coisas que combinam, talvez porque carreguem a mesma essência da contestação, da liberdade, ser sobre quebrar as regras, fazer isso do seu jeito. A muito tempo isso vem gerando uma combinação atrativa, basta ver o Suicidal Tendencies, o JFA e o Adolescents, os dois ícones do Skate Punk. E sem esquecer do NoFX.
Depois do ano 2000, eu tenho 4 bandas que eu considero as mais fodas desses 10 primeiros anos de século, e 3 delas são do Skate Punk: O Bones Brigade, que já tá aqui no blog, o Common Enemy e o Reproach. A quarta banda é o Municipal Waste, mas aí num tem nem o que falar, os caras são impecáveis. Num tem um álbum ruim, agradando o povo do hardcore, o povo do thrash metal, o povo do crossover old school, fãs de música rápida em geral.
Esse álbum do Common Enemy, é o único deles que eu já achei pra baixar, e porra, que som foda!
Guitarra rápida, bateção infernal na bateria, uma voz rasgaaada, mas que dá seu charme, fica uma coisa legal, até eu que não sou muito fã desse tipo de vocal achei que ficou bom. As letras são um caso a parte, falando sobre querer voltar no tempo, pra época onde a única coisa que importava era o rolê de skate curtindo JFA, ou clamando pela construção de rampas, ao invés de bombas. Simples e foda, como o hardcore e o skate tem que ser.

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E aqui temos o CD do Reproach. Abre com um som instrumental, muito foda e ai já cai na primeira faixa com letra, a "Shove My Fucking Face In It". Porra, a hora que começa aqueles 3 acordes sozinhos, ai vem a bateria, e depois o cara a começa a cantar, é um sentimento de empolgação indescritível! Músicas com um andamento veloz e curtas em sua duração, simples na estrutura, mas que mantem sempre a essência: os 3 ou 4 acordes tocados da maneira mais rápida possível. acompanhados de uma bateria que fica fritando na caixa e no chimbal do jeito mais rápido que o cara conseguir, também. Músicas falando sobre o orgulho de ser skatista, e até uma sobre aquele filme "Dead By Dawn", eles retiraram algumas falas do filme, as mesmas que o Bones Brigade usou na Evil Dead, do I Hate My Self When I'm Not Skateboarding, e uma faixa com um título incrível pra mostrar a natureza dos caras: "Skate and Destroy".
Simplesmente lindo.

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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

The Clash - The Clash [1977]

Sim, mais um CD do Clash, e bem na seqüencia de London Calling.
Por mais que o álbum que veio dois anos depois desse, que é o próprio London Calling seja ovacionado e dito como a Magnum Opus deles, o melhor álbum do punk inglês, e cultuado pela mistura de gêneros que o ele contém, é esse álbum que colocou o Clash nas paradas, que mostrou os caras ao mundo. Se o London Calling é uma puta mistura de gêneros, esse aqui é um disco punk clássico. O ritmo conhecido, músicas curtas, algum ativismo político, críticas a sociedade bem características da geração 77 inglesa. O reggae é tímido e quase inexistente nesse álbum, mas as vezes dá suas caras. É o álbum que mais me agrada, com "I'm So Bored With The USA", "Remote Control" "Janie Jones" e a "curta" "Police And Thieves".
Outras faixas que merecem sua menção entre as melhores do álbum são "White Riote" e "What's My Name".
Um debut simples, punk rock de responsa do Clash antes da mistura de gêneros de London Calling e o Paul Simonon resolver escrever The Guns Of Brixton. Coisa linda de se ouvir, e que não deve nada ao seu irmão mais famoso.

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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

The Clash - London Calling [1979]

Se tem dois álbuns postados nesse blog, que dispensam uma apresentação, são eles: o debut do Ramones, e esse que é a obra priga do Clash, o London Calling, terceiro álbum do quarteto inglês.
Esse álbum mostra uma fusão do punk com o reggae como nunca visto antes no trabalho deles. É o punk se fundindo com o reggae muito antes do Operation Ivy surgir! Ok, o Operation Ivy num fez isso exatamente, eles fundiram o Ska com o hardcore. Graaande diferença. Eu tava sendo irônico. Um álbum duplo, repleto das mais músicas mais fodas que o Clash já fez. Veja bem! As mais fodas, não as que mais venderam, porque ai, Should I Stay or Should I Go e Rock The Casbah vão estar no Combat Rock.
Mas o Reggae não foi o único ritmo fundido com o punk aqui. Temos também o Rockabilly, Jazz, Pop, R&B. É um caldeirão, uma mistura que deu certo, por incrível que pareça. Mas também, com músicas como The Guns Of Brixton, Spanish Bombs, Brand New Cadillac e a faixa-título, London Calling, transformam esse em um dos melhores, mais importantes, mais influêntes e mais vendidos discos da história do rock. Se 77 foi o grande ano do punk inglês com o Never Mind de Bullocks, do Sex Pistols, 79 veio pra mostrar que ele não tinha morrido, ainda. Tinha esse suspiro com os rapazes que resolveram atender ao chamado de Londres.

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